No destaque, Alfredo Rafael de Barbosa Ferraz
O jovem barbosense Alfredo Rafael Belinato Barreto, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, será ordenado diácono no próximo domingo, juntamente com outros cinco seminaristas da região de Campo Mourão. A ordenação será conduzida pelo bispo diocesano dom Francisco Javier Delvalle Paredes na Catedral São José, a partir das 9h30min.
Também serão ordenados diáconos Adilson Mitinoru Naruishi, 31 anos, do Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida; Jilliard Adolfo de Souza, 30, da paróquia Divino Espírito Santo, de Siqueira Campos, além de José Sidnei Calderan, 35, da paróquia São Judas Tadeu (Terra Boa); Reinaldo Adriano Andrade, 29, paróquia Divino Espírito Santo, de Fênix, e Willian Oliveira Lopes, 24, da paróquia Santa Rita de Cássia, no Jardim Alvorada.
Todos deverão permanecer na Diocese de Campo Mourão, que tem carência de novos sacerdotes.
Vida de seminarista
No site da Diocese de Campo Mourão, Alfredo Rafael Belinato Barreto relata como é a vida de seminarista, vocação que despertou através da convivência na comunidade São Francisco de Assis, no distrito do Pocinho e o encorajou a tomar a decisão de ingressar no seminário Nossa Senhora de Guadalupe em 25 de fevereiro de 2005, quando tinha 17 anos de idade.
A vida no seminário é cercada por encantos e desafios. Digo que é encantadora, pois se apresenta como contínuo e aprofundado trabalho de autoconhecimento. A cada dia você é chamado a entrar em contato consigo mesmo, descobrindo e aprimorando suas potencialidades, buscando, ao mesmo tempo, rever as lacunas pessoais e configurar-se a Jesus Cristo. Por outro lado, reconheço igualmente que põe diversos desafios, pois todo crescimento exige esforço, disposição, perseverança e retomada do caminho. Contudo, fui muito feliz e sou grato a Deus pelos anos que passei no seminário. Oração, vida fraterna, estudo, trabalhos pastorais nas paróquias, atividades recreativas em comunidade, contato com os formadores e padres da Diocese, páginas ilustradas que integram a história dos últimos oito anos da minha vida. Quando, através das lembranças, repasso tudo o que transcorreu nestes anos, sinto-me agradecido, vendo que vivenciei bem o que me foi proporcionado pela Diocese de Campo Mourão. Externo também inteira gratidão a meus pais, Cipriano e Vanderléia, que, através de orações e conselhos, foram presença ativa em minha vida nestes tempos. Enfim, não poderia deixar de dizer aos jovens que desejam ingressar no seminário: creio que, depois da confiança em Deus que nos chama e do amor à Igreja que confirma nossa vocação, o primeiro passo para alguém perseverar na resposta vocacional, é ser capaz de redescobrir a novidade do Evangelho por entre a rotina do dia-a-dia. Se assim não for, perdemos o sentido e a vida se torna opaca e custosa.
Novo diácono já escreveu livro sobre Monsenhor Aleixo
Alfredo Rafael, com os pais Vandreléia e Cipriano, durante lançamento do livro em Barbosa Ferraz
Então estudante de Teologia pela PUC Paraná, Alfredo Rafael foi autor do livro “Od esbravador espiritual – A história de Monsenhor Aleixo Selusniak”, lançado em 2010 em Barbosa Ferraz e em outras ciudades do Paraná.
A biografia retrata a trajetória existencial e missionária de MonsenhorAleixo desde a chegada de seus avós e bisavós ao Brasil em fins do séculoXIX, até sua morte, ocorrida em 25 de setembro de 1998, no município de Barbosa Ferraz.
No livro, Rafael conta que o monsenhor trabalhou primeiro como frei capuchinho e sob o nome religioso de Frei Estevão Maria de Campo Magro passou por mais de 20 municípios do Paraná. “Ele foi importantíssimo para a consolidação do catolicismo, principalmente na região Oeste do Estado, território que atualmente compreende a Diocese de Umuarama. Seu pioneirismo torna-se manifesto pelo fato de ser ele o padre que celebroua primeira missa na história de municípios como Umuarama e Mariluz no ano de 1955”, explica o autor, à época do lançamento da obra.
“Tornar conhecido o ardor apostólico e o espírito deste grande Homem de Deus foram motivos que me impulsionaram na composição desta obra. A vida de Monsenhor Aleixo em muito se assemelha à dos grandes nomes da história daIgreja no Paraná”, finaliza Rafael.